Uma sobrevivente de Auschwitz-Birkenau expressou sua lembrança do processo de seleção em Auschwitz: “Nós tínhamos que mostrar que ainda tínhamos forças, quer fosse para trabalhar ou para viver mais um dia. Eu me lembro de algumas mulheres … elas estavam começando a ter cabelo grisalho, então elas iam, pegavam um pedaço de carvão de um dos fogões que havia num barração. E elas usavam esse carvão para colorir o cabelo, para que parecessem um pouco mais jovens. Uma pessoa podia ficar de cabelo branco com dezoito ou dezenove anos sobe aquelas condições. E elas corriam… Nós corríamos em frente de quem estivesse fazendo a seleção, para mostrar que podíamos sobreviver mais um dia. Se você tivesse uma cicatriz, uma espinha, se você não corresse rápido o bastante, se você, por qualquer motivo, não olhasse direito para a pessoa que estava fazendo a seleção… Eles ficavam lá em pé com um bastão, para a direita ou para a esquerda, enquanto você corria na frente deles. Você nunca sabia se estava na fila boa ou na fila ruim. Uma fila iria para as câmaras de gás, a outra fila iria voltar para o campo e para os barracões, para viver mais um dia”. (Helen Goldkind, sobrevivente).